Poema: O Poço de Thanatos
- Alan Narcizo | O Autor
- 10 de nov. de 2024
- 1 min de leitura

Das profundezas de sua garganta suja
Sobem lamúrias, ouve-se os gemidos
Multidões inteiras enterradas em horror
Esquecidas pelo mundo, soterradas pela dor
Seu fundo é mistério fúnebre
Assembleia das larvas famintas
Todos temem seus segredos arcanos
Que nenhum mortal ousa desvendar
Lá embaixo a morte ergueu sua morada
Ossos se acumulam em montanhas alvas
Uma dança macabra de esqueletos sem nome
A turba de eras diferentes se encontra
No abraço gelado do luto e da aniquilação
O deus Thanatos sorri,
Pois seu ofício está em curso;
Ó maldita garganta faminta
Continuas a devorar pelas eras sem fim.
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