Poema: Abismos
- Alan Narcizo | O Autor
- 6 de nov. de 2024
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Fui forjado no interior de uma estrela
Um sublime nascimento em forças incandescentes
O calor da vida inflou meus pulmões.
Nasci.E cresci sob a tutela de deuses antigos
E na infância brinquei em bosques místicos
Onde os gregos entoavam suas cantigas
Até que a noite os convocasse ao sono.
Abismos da noite
Me chamem pra dançar
Eu cantarei até o amanhecer
Quando o orvalho se deita solenemente.
Pois sou um velho esquecido em terras ermas
Onde as sombras se escondem
E o mar acolhe navios
E o céu esbraveja em raios furiosos
Escutem: na força da aurora, me levantarei
À luz de velas, jantarei com a morte.
Alguns homens acreditam em sorte
Outros se perderam no marasmo das rotinas
Corram seus tolos, corram.
A vida é um sopro violento
De manhã se está nascendo
Mas à noite…Ah, a noite é como um ladrão que chega sem aviso.
De repente. Um ponto final.
Autor: Alan Narcizo
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